O dólar registrou baixa ante outras moedas principais, com foco nos estímulos à economia americana e também em declarações do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Além disso, a divisa americana se ajustava nesta semana, após altas fortes recentes.

No fim da tarde desta sexta-feira em Nova York, o dólar caía a 107,90 ienes, o euro avançava a US$ 1,1121 e a libra tinha ganho a US$ 1,2462. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de outras moedas principais, recuou 0,99%, a 98,365 pontos, com perda semanal de 3,91%.

A Western Union comenta que o dólar mostrou fraqueza nesta semana, após na anterior ter registrado sua melhor semana desde 2008. Segundo ela, a demanda pela divisa americana diminuía, após os compromissos do comando do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de manter o apoio à economia. O presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, renovou esse compromisso em declarações de hoje.

A Stifel, por sua vez, diz que a situação atual é “uma espada de dois gumes”. O governo americano luta para conter o coronavírus e seus efeitos, mas quanto mais a doença se disseminar maior será seu estrago e mais difícil a recuperação. “A chave é encontrar um equilíbrio entre enfrentar os riscos à saúde e os riscos à economia”, nota.

Nesta sexta, a Câmara dos Representantes aprovou e o presidente Donald Trump já assinou o pacote fiscal de mais de US$ 2 trilhões para apoiar a economia. Segundo a Capital Economics, essa medida, as ações do Fed e as medidas de quarentena na Europa que ajudam a conter a disseminação do vírus ajudaram o humor dos mercados nesta semana. A consultoria, contudo, acredita que não haverá trajetória tranquila para uma recuperação econômica, no quadro atual.

A libra, por sua vez, subiu nesta sexta, mas chegou a reduzir ganhos após a notícia de que o premiê do Reino Unido, Boris Johnson, está com coronavírus. Johnson disse que estava isolado, mas que pretende continuar a liderar a resposta do governo à pandemia, por meio de videoconferências.

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Entre as moedas emergentes e commodities, o dólar avançava a 23,4255 pesos mexicanos, um dia após a S&P rebaixar o rating do México de BBB+ para BBB, com perspectiva negativa, destacando os prejuízos da pandemia e também dos preços recentes mais baixos do petróleo para o país.


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