O dólar caiu frente a outras moedas principais, em dia de publicação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de março. Além disso, o movimento cambial coincidiu à tarde com mínimas dos juros dos Treasuries, após um leilão de dívida americana, enquanto discursos do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) foram monitorados.

No fim da tarde, em Nova York, o dólar caía a 109,06 ienes, o euro subia a US$ 1,1951 e a libra tinha alta a US$ 1,3756. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de outras divisas fortes, recuou 0,31%, a 91,852 pontos.

O CPI subiu 0,6% em março ante fevereiro, maior alta mensal desde agosto de 2012, segundo dados de hoje do Departamento de Trabalho. O resultado da inflação nos EUA veio levemente acima da previsão de 0,5% dos analistas consultados pelo Projeções Broadcast. O dólar, porém, recuou após a publicação dos números.

A Western Union afirmou em relatório que o movimento ocorreu pois o CPI não alterou a percepção dos investidores de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) não terá pressa em apertar a política monetária. A Oxford Economics previu que o CPI deve avançar a 3,5% nos próximos meses, mas ressaltou que a aceleração do índice deve ser transitória.

Entre os dirigentes do Fed, Patrick Harker disse não esperar que a inflação saia do controle, mesmo com uma alta acima de 2% em 2021. Tom Barkin (Richmond), por sua vez, disse acreditar que forças desinflacionárias de longo prazo devem entrar em vigor, mantendo a estabilidade, além de mostrar otimismo com a recuperação.

O dólar ainda perdeu fôlego à tarde em meio a mínimas dos juros dos Treasuries de vencimento mais longo, após um leilão de dívida americana.