O dólar perdeu força frente às principais moedas globais nesta terça-feira, 13, após dados de inflação mais fracos do que o esperado sugerirem um impacto apenas modesto das tarifas do presidente dos EUA, Donald Trump, na economia norte-americana até o momento. O dólar cedeu ainda em meio ao ambiente favorável ao risco após os Estados Unidos alinhavarem acordos com a China e Arábia Saudita.
O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, caiu 0,77%, a 101,003 pontos. Por volta das 16h50 (horário de Brasília), o dólar caía para 147,46 ienes, enquanto o euro subia para US$ 1,1191 e a libra era negociada em alta, a US$ 1,3305.
O recente acordo de trégua entre EUA e China, com ampla redução das tarifas de ambos os lados por 90 dias, trouxe alívio de curto prazo e pode reduzir a pressão inflacionária, avaliam os economistas. Na semana passada, o presidente do Fed, Jerome Powell, reforçou a necessidade de cautela antes de agir.
A redução das tarifas de importação aos produtos chineses diminui as chances de recessão nos EUA, mas também favorece as expectativas de crescimento global, o que incentiva investidores a buscar retornos em mercados internacionais, reduzindo a demanda por dólares. Além disso, ainda existe um grande volume de posições compradas na moeda americana.
Argumentos para um dólar mais fraco permanecem válidos, embora com menor intensidade, explicam em nota os analistas do JPMorgan. “No médio prazo, sinais sobre quão persistente é o excepcionalismo dos EUA serão mais relevantes para o dólar”, afirmam.
*Com informações da Dow Jones Newswires