O dólar operou em baixa nesta terça-feira, 9, frente a maioria das moedas, ainda que perto da estabilidade, em meio à perspectiva por novos estímulos fiscais nos Estados Unidos. Além disso, cresceu a visão de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) irá manter uma política acomodatícia no país por algum tempo. Na zona do euro, a provável formação de um governo de Mario Draghi na Itália, juntamente com alguns indicadores, impulsionou a moeda comum. No Reino Unido, a libra atingiu o nível mais alto em 33 meses perante o dólar, com perspectivas favoráveis por conta do avanço da vacinação contra covid-19 no país.

O índice DXY, que mede o dólar em relação a seis moedas de economias desenvolvidas, fechou em baixa de 0,54% hoje, a 90,439 pontos. Depois de altas recentes, a moeda americana atingiu seu menor valor em uma semana perante as rivais, destaca a Western Union. O iene se valorizou ante o dólar, e a moeda americana era cotada a 104,58 ienes no final da tarde em Nova York, ficando abaixo dos 105.

A perspectiva da injeção de até US$ 1,9 trilhão na economia dos EUA, proposta do pacote do presidente Joe Biden, desvaloriza o dólar. Em entrevista à MSNBC hoje, a diretora de comunicação da Casa Branca, Kate Bedingfield, garantiu que a tramitação do pacote de estímulo não será atrasado por divergências com a oposição. “Biden provavelmente levará adiante grande parte de sua proposta sem o apoio republicano”, projeta o BBH.

Em meio a sinalizações nos últimos dias por parte de dirigentes do Fed de que a política monetária deve continuar acomodatícia por algum tempo, a aparição pública do presidente da autoridade, Jerome Powell, amanhã deve estar no foco. Além disso, a publicação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de janeiro nos EUA nesta quarta-feira tem potencial de influenciar os movimentos do dólar.

Na zona do euro, a divulgação de dados melhores que o esperado da balança comercial da Alemanha impulsionou a moeda comum, de acordo com a Western Union. Além disso, a possibilidade de formação de um governo de Draghi na Itália, ex-presidente do Banco Central Europeu (BCE), que recebeu apoio de uma série de partidos, apoia a divisa. Um eventual governo Draghi poderia reduzir as incertezas políticas, acelerar o caminho para a saída da crise e sustentar taxas mais baixas no curto prazo, afirma o analista Dennis Shen, da Scope Ratings. O euro se valorizou perante o dólar, e era cotado a US$ 1,2120, no final da tarde em Nova York, recuperando o nível de US$ 1,21.

Em meio a uma campanha de imunização “brilhante”, que dá melhores perspectivas para e economia britânica, de acordo com a Western Union, a libra atingiu sua máxima em 33 semanas ante o dólar, e era cotada a US$ 1,3812 no final da tarde.

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