O dólar operou em queda ante moedas rivais nesta segunda-feira, enfraquecido em dia sem grandes drivers na agenda econômica dos Estados Unidos. Ante emergentes, a moeda americana também acumulou perdas em geral, mas subiu ante a divisa do Peru, em meio à apuração de votos da eleição presidencial no país sul-americano.

O índice DXY, que mede a variação do dólar ante seis rivais, recuou 0,21% nesta terça, a 89,950 pontos, perdendo o patamar dos 90 pontos. Esta é a segunda sessão de queda seguida do DXY, após o payroll (dado de emprego) de maio assinalar uma geração de empregos menor que o esperado nos EUA. No fim da tarde em Nova York, o euro subia a US$ 1,2196, a libra tinha alta a US$ 1,4183 e o dólar recuava a 109,25 ienes.

A fraqueza do dólar se deu antes de uma semana “ocupada”, com a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) americano de maio prevista para a próxima quinta-feira (10), segundo destaca o economista sênior da Western Union Joe Manimbo, em relatório enviado a clientes.

Já o euro se fortaleceu com a expectativa de que o Banco Central Europeu (BCE) sinalize pelo início da retirada dos estímulos monetários na zona do euro, diz o analista. Neste contexto, a queda de 0,2% nas encomendas à indústria da Alemanha em abril ante março foram apenas acompanhadas, já que uma retomada é esperada nos próximos meses, de acordo com o ING.

Ao contrário de seus pares, a libra esterlina teve uma sessão mais volátil nesta segunda-feira. A moeda britânica recuou ante o dólar durante a madrugada, após o secretário de Saúde do Reino Unido, Matt Hancock, colocar em cheque a reabertura da economia local por conta da disseminação da variante indiana do coronavírus, 40% mais contagiosa que a britânica, segundo ele.

A libra, porém, se recuperou e firmou alta em relação ao dólar no fim da manhã. De acordo com o ING, investidores agora olham não apenas para possíveis problemas no cronograma de reabertura no Reino Unido, como também para a postura “cada vez mais hawkish” de dirigentes do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla am inglês).

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Entre moedas emergentes, o peso mexicano marcou bom desempenho ante o dólar nesta terça, após as eleições legislativas locais apontarem para um cenário político mais estável no país, de acordo com a Pantheon Macroeconomics. Às 16h50 (de Brasília), o dólar recuava a 19,8548 pesos.

Já o sol peruano se desvalorizou ante o dólar, em meio à indecisão no pleito para a Presidência do Peru. Segundo a Oxford Economics, a moeda atingiu mínimas históricas frente a divisa dos EUA. Perto do horário de fechamento dos mercados em NY, o esquerdista Pedro Castillo liderava a corrida contra Keiko Fujimori, filha do ex-ditador Alberto Fujimori, com mais de 90% das urnas apuradas.

Ante o yuan, a divisa americana operou próximo à estabilidade, após a China registrar um aumento de 27,9% nas exportações em maio, mas abaixo da previsão de analistas, que esperavam salto de 32,2%. No horário citado, o dólar tinha baixa a 6,3854 yuans.


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