O dólar caiu ante outras moedas fortes. Mesmo com o euro sob pressão em parte do dia de hoje, a divisa americana teve ajustes após ganhos recentes, também diante da força da libra, apoiada por uma sinalização do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês).

No fim da tarde em Nova York, o dólar recuava a 103,78 ienes, o euro subia a US$ 1,2208 e a libra tinha alta a US$ 1,3667. O índice DXY, que mede a variação da moeda dos EUA contra seis rivais, caiu 0,41%, a 90,093 pontos.

Mais cedo, o euro chegou a ficar pressionado, diante da onda de casos da covid-19 e do risco de mais restrições à circulação na Europa, a fim de conter o vírus, inclusive na Alemanha. Ao longo do dia, porém, a moeda comum retomou o fôlego.

Ainda na Europa, a libra subiu após o presidente do BoE, Andrew Bailey, minimizar a possibilidade de adoção de juros negativos no Reino Unido. O BK Asset comenta em relatório que, mesmo com os problemas da covid-19 no país, Bailey mostrou “ceticismo” sobre o instrumento e disse que é muito cedo para falar sobe a necessidade de mais estímulos.

Já o dólar, para o BK Asset, teve um ajuste para baixo em um dia com poucos dados importantes. O banco de investimentos lembra que amanhã será divulgado o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) e afirma que, caso os dados dos EUA mostrem força, a moeda americana pode retomar trajetória de alta.

Já a Capital Economics, vê os ganhos do dólar limitados pela política monetária relaxada do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que não deve ser ajustada logo, segundo dirigentes da instituição.

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Entre divisas emergentes, o dólar era negociado a 7,4571 liras turcas, no horário citado. A mesma Capital Economics diz que uma mudança na postura do Banco Central da Turquia, perseguindo agora uma política monetária mais ortodoxa, tem apoiado um rali da divisa local.

A consultoria diz que isso deve continuar, caso a política seja mantida e o ambiente internacional siga apoiando o quadro, e projeta que o dólar chegue ao fim do ano negociado em 7 liras. Caso isso se confirme, será a primeira valorização da lira ante o dólar desde 2012, aponta a Capital.


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