O dólar apresentou uma sessão sem tendência clara, mas firmou alta ante os principais pares, após comentários do presidente do Federal Reserve (Fed) de Chicago, Austan Goolsbee, que reforçaram que o Banco Central americano pode não agir apressadamente em seu ciclo de corte de juros, enquanto dado de vendas de imóveis superou as expectativas. As tensões geopolíticas seguiram como outro suporte para a busca de refúgio na moeda americana.

O índice DXY, que mede a variação da moeda americana ante uma cesta de pares fortes, fechou em alta de 0,27%, a 106,972 pontos. Perto do fechamento de Nova York, o dólar se desvalorizava a 154,58 ienes. O euro caía a US$ 1,0482 e a libra recuava a US$ 1,2597.

Entre os dados divulgados nos EUA, os pedidos de auxílio-desemprego apontaram queda para 213 mil, ante projeção de 220 mil. Outro dado que mostrou solidez foi o de vendas de moradias usadas, que superou a previsão.

É provável que a moeda americana continue a ser negociada em uma faixa mais alta após seus ganhos na sequência da eleição presidencial dos EUA, diz o banco ING.

O rand sul-africano cedia no fim da tarde, apagando o impulso ante o dólar visto mais cedo, após o BC da África do Sul alertar sobre incertezas quanto ao cenário externo e riscos de alta para a inflação na sequência do corte da taxa de juros. Às 17h50 (de Brasília), o dólar subia a 18,1320 rands sul-africanos, após tocar uma mínima de 17,9720 e ante 18,1317 rands no fechamento ontem.

A lira turca era cotada perto da estabilidade ante o dólar no fim da tarde, após ter reagido com redução de perdas à decisão do Banco Central da Turquia de manter da taxa básica de juros em 50%, diante de sinais de desinflação no país. Às 18h27 (de Brasília), o dólar cedia levemente a 34,4787 liras turcas.