O dólar voltou a recuar, sem dar continuidade à recuperação da sessão anterior ante as principais moedas globais, à medida que segue vulnerável à sinalização de iminente corte de juros nos Estados Unidos. A libra esterlina esteve entre as divisas com forte valorização ante o dólar norte-americano, negociada na máxima desde março de 2022, com expectativa de cautela nas decisões de alívio monetário pelo Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês).

O índice DXY – que mede o dólar ante rivais – cedia 0,31%, a 100,851 pontos. Perto do horário de fechamento da Bolsa de Nova York, o euro avançava a US$ 1,1186 e a libra era cotada em alta, a US$ 1,3260. O dólar recuava a 143,98 ienes.

A libra esterlina se valorizava em meio à expectativa de que o Banco da Inglaterra (BoE) adote uma postura cautelosa no ciclo de cortes de juros. Do lado fiscal, o primeiro-ministro do país, Keir Starmer, reforçou, nesta manhã, compromisso em cobrir um buraco de 22 bilhões de libras nas contas públicas, conforme relatou o Financial Times. O premiê sinalizou que tomará decisões impopulares, levantando a possibilidade de impostos “dolorosos” sobre os ricos e cortes de gastos.

O euro subiu mesmo após indicação de corte da taxa de juros na zona do euro. O dirigente do Banco Central Europeu (BCE) e presidente do Banco de Portugal, Mario Centeno, afirmou que a trajetória para as taxas de juros da Europa parece “clara” diante da desaceleração da inflação.

Entre as moedas emergentes, o dólar se valorizou a 19,7214 pesos mexicano, após um comitê da Câmara dos Deputados do México aprovar a proposta de reforma judicial encampada pelo presidente Andrés Manuel López Obrador. Após a proposta receber críticas de embaixadores dos EUA e do Canadá, o mandatário mexicano anunciou que fará uma pausa em seu relacionamento com as embaixadas americana e canadense no país.