O dólar não firmou movimento único, em geral oscilando perto da estabilidade frente a outras moedas principais. Em dia de agenda fraca, havia maior expectativa pela publicação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), nesta quarta-feira, quando haverá também divulgação da ata da mais recente reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

No fim da tarde em Nova York, o dólar caía a 151,76 ienes, o euro recuava a US$ 1,0857 e a libra tinha alta a US$ 1,2673. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou alta de 0,01%, a 104,148 pontos.

Entre dirigentes do Fed, Raphael Bostic, presidente da distrital de Atlanta, afirmou não descartar a possibilidade de não haver corte de juros neste ano. Atualmente, ele prevê uma redução apenas, enquanto a mediana das projeções mais recentes do Fed, de março, apontava para três cortes em 2024. Bostic considera que, caso o CPI confirme o consenso do mercado, ele ainda mostrará progresso apenas lento na trajetória inflacionária, o que justifica paciência do BC antes de decidir por cortes de juros.

Entre analistas, há a expectativa de leitura mista do CPI de março amanhã, com os preços de energia apoiando o índice cheio e queda apenas modesta do núcleo. A ata do Fed, por sua vez, pode dar mais alguma pista sobre os próximos passos da instituição na política monetária.

Na Europa, a expectativa é pela decisão de política monetária desta quinta-feira do Banco Central Europeu (BCE). Não se espera corte de juros, mas analistas ponderam que o banco central pode sinalizar que a redução está se aproximando, potencialmente para se materializar em junho.