O dólar norte-americano operou próximo da estabilidade no fim da tarde desta segunda-feira,29, em compasso de espera pela ata da reunião política monetária do Federal Reserve (Fed) deste mês de dezembro. O iene tinha a maior movimentação ante a moeda dos EUA após o Banco do Japão afirmar que os juros do país ainda estão abaixo do nível ideal.
O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, registrou alta marginal de 0,01%, a 98,037 pontos. Por volta das 17h50 (de Brasília), o dólar caía a 156,07 ienes, enquanto o euro avançava a US$ 1,1768 e a libra subia a US$ 1,3505.
Em dia de liquidação reduzida por causa dos feriados de fim de ano, o dólar não registrava intensa movimentação. Enquanto hoje o mercado acompanhou a alta nas vendas pendentes de imóveis, a expectativa maior é pela ata da última reunião do ano do Fed, prevista para amanhã. O documento pode ajustar a expectativa dos mercados para a política monetária dos Estados Unidos.
Para a empresa britânica de investimentos Charles Stanley, a trajetória do dólar deve continuar a enfrentar desafios em 2026, já que a expectativa é de que os juros dos EUA continuem em queda. Ainda assim, o BNY aponta que uma alta do índice DXY acima de 98,15 poderia desencadear um momentum de compras da moeda, impulsionado por um ressurgimento do “posicionamento excepcionalista dos EUA”.
Enquanto isso, o iene valorizava, pressionando o índice DXY, após o BoJ afirmar, em sumário de opiniões, que a política monetária deve continuar sofrendo ajustes. Atualmente, os juros estão na faixa de 0,75% após serem elevados no encontro do Banco do Japão deste mês. Apesar disso, o LMAX Group destaca que a expectativa é que a moeda permaneça estruturalmente fraca ante o dólar até 2026, enquanto o Société Générale aponta que o iene necessita de um crescimento mais forte do PIB do Japão para evoluir.
*Com informações de Dow Jones Newswires