O dólar se apreciava ante as principais moedas fortes nesta segunda-feira, 9, antes da divulgação de dados de inflação de agosto nos Estados Unidos, que podem seguir em patamares fortes o suficiente para manter uma postura comedida pelo Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA) no corte das taxas de juros na próxima semana, segundo analistas. O euro cedia antes de encontro do Banco Central Europeu (BCE), em movimento acompanhado pela libra. O iene também recuava.

O índice DXY, que mede a variação da moeda americana ante uma cesta de pares fortes, fechou com alta de 0,37%, a 101,552 pontos. O dólar subia a 142,91 ienes e seguia resistente ante as principais moedas europeias. O euro se desvalorizava a US$ 1,1043, enquanto a libra recuava a US$ 1,3078.

Em relação ao índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de agosto nos EUA, o banco privado Brown Brothers Harriman vê riscos de alta para os dados. Surpresas ascendentes “podem reduzir a probabilidade de um corte na taxa dos fundos do Fed em setembro e sustentar um dólar mais firme”, escreveram analistas do BBH.

O dólar subia ante o iene, que perdia força após ter tocado os maiores níveis em um mês ante a divisa americana na sexta-feira. O Produto Interno Bruto (PIB) do Japão foi revisado em baixa, para crescimento de 0,7% entre abril e junho, na comparação com o trimestre anterior. A leitura preliminar havia indicado alta de 0,8%, de acordo com dado divulgado no domingo.

O euro cedia antes do encontro do Banco Central Europeu (BCE), que deve reduzir as taxas de juros em 0,25 ponto porcentual.

O dia foi de repercussões para as propostas do ex-presidente do Banco Central Europeu (BCE) Mario Draghi para dinamizar a União Europeia. Em relatório, Draghi recomendou que o bloco deve gastar entre 750 e 800 bilhões de euros adicionais por ano para “competir globalmente”. A Eurasia e a Capital Economics citaram que é baixa a probabilidade de as propostas serem emplacadas.

Entre as moedas emergentes, o dólar cedeu ante o peso mexicano, após a inflação no México desacelerar em agosto pela primeira vez em seis meses. O peso mexicano resistiu mesmo após comissões do Senado aprovarem a polêmica reforma do sistema judicial e enviarem a proposta para o plenário.

*Com Dow Jones Newswires