O dólar operou sem direção única ante suas principais moedas rivais nesta quinta-feira, 25. Em sessão volátil, o índice DXY, que mede a variação da divisa americana ante seis moedas fortes, perdia terreno diante da força do euro, que era impulsionado pelo otimismo nos mercados europeus após indicadores positivos. No decorrer da sessão, porém, o dólar recuperou partes das perdas, com a alta dos rendimentos dos Treasuries americanos impactando o mercado cambial.

O índice DXY fechou em queda de 0,05%, próximo à estabilidade, aos 90,134 pontos. Moeda com o maior peso sobre o índice, o euro operava a 1,2176 perto do fim da sessão em Nova York, após atingir sua maior cotação ante o dólar em sete anos, segundo informa o Western Union em relatório. Já a libra recuava a US$ 1,4027, com investidores vendendo posições após a moeda britânica subir por 5 sessões seguidas. No mesmo horário, o dólar se valorizava a 106,22 ienes.

No início da manhã de hoje, o dólar recuava ante seus principais concorrentes ainda reagindo às falas do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, à Câmara dos EUA, de acordo com o Brown Brothers Harriman. A queda da moeda americana era reforçada em especial pelo avanço do euro, favorecido pela alta bem acima do projetado do índice GFK de confiança do consumidor alemão.

Em movimento contrário, a libra desacelerou hoje após atingir sua maior cotação ante o dólar em três anos e a maior alta em um ano ante o euro, com analistas vendo um movimento arriscado de investidores possivelmente atingindo seu pico. “Embora o noticiário sobre a vacinação no Reino Unido permaneça positivo, seu impacto sobre a libra pode se tornar mais diluído”, avaliou o Royal Bank of Canadá.

Mesmo com as recentes quedas do dólar, o Bank of America projeta uma valorização modesta da moeda americana neste ano, argumentando que o movimento de depreciação do dólar desacelerou e a economia dos EUA deve ter um forte crescimento em 2021. “O dólar está chegando ao fundo do poço, em nossa opinião”, dizem analistas do BofA. “Esperamos uma tendência de fortalecimento moderado em 2021, com o bom desempenho da economia americana e a alta nos retornos dos Treasuries gerando fluxos de capital financeiro que favorecem a moeda”, completaram os analistas do banco.

*Com informações da Dow Jones Newswires

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