O dólar operou sem sinal único ante as principais moedas rivais nesta terça, 1º, em sessão marcada pela publicação de indicadores. Após a divulgação de índices de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industriais sólidos na Europa, o euro chegou a se valorizar ante o dólar, mas o movimento perdeu força, em dia que contou ainda com a publicação da inflação do bloco. Já a libra se depreciou ante a moeda americana, com melhora aquém do esperado na atividade do Reino Unido. Seguindo a decisão do banco central da Austrália de manter os juros, a divisa doo país se valorizou contra o par americano.

Perto do horário de fechamento do mercado em Nova York, o dólar caia a 109,45 ienes. Segundo maior componente do DXY, a moeda japonesa ajudou a pressionar o índice. Já o euro recuava a US$ 1,2224 e a libra caía a US$ 1,4157. O índice DXY, que mede a variação da divisa americana contra seis pares, por sua vez, registrou queda de 0,22%, a 89,831 pontos.

Entre os indicadores, os PMIs na Europa sugeriram recuperação da economia, impulsionando a moeda comum. Além disso, a taxa de desemprego da zona do euro recuou a 8% em abril e a inflação ao consumidor acelerou a 2% (comparação anual) em abril. “O impulso na economia global continua sendo sustentado pela reabertura da economias e grandes volumes de estímulos fiscais nos EUA”, explica o Danske Bank. Mais tarde, indicadores da indústria acima do esperado deram força à moeda americana.

O mercado observa sinais da retomada na maior economia do mundo e a dinâmica da inflação. Hoje, a diretora do Federal Reserve (Fed) Lael Brainard voltou a afirmar que os preços mais altos nos EUA devem ser algo temporário, diante dos impactos da retomada da atividade. A postura foi semelhante à do dirigente Randal Quarles, e do presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, que destacou a importância de apoiar o mercado de trabalho.

Já a libra recuou ante o dólar em reação ao PMI britânico, que subiu ao recorde de 65,6, mas ficou abaixo da expectativa de analistas. Outro movimento importante foi o do dólar australiano, que se valorizou a US$ 0,7758 após o banco central local manter as taxas de juros.

Ontem, o Banco do Povo da China (PBoC, o banco central chinês) anunciou que irá elevar o compulsório sobre depósitos em moeda estrangeira, de 5% para 7%. Para a Capital Economics, embora moeda chinesa tenha se valorizado recentemente – a ponto de os formuladores de políticas intervirem para desacelerar sua alta – “continuamos pensando que ele encerrará o ano mais fraco em relação ao dólar”. Hoje, o dólar se valorizava a 6,3844 yuans no mercado onshore ao fim da tarde.