O dólar encerrou a sessão estável ante rivais nesta segunda-feira, 18, dia de feriado nos Estados Unidos, o que contém a liquidez dos negócios. Ainda assim, o euro chegou a atingir a mínima em cinco semanas ao longo do dia,tendência depois atenuada, à espera da decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), marcada para a próxima quinta-feira, e de olho na crise política na Itália.

No fim da tarde em Nova York, o dólar cedia a 103,683 ienes, o euro baixava a US$ 1,2079 e a libra esterlina caía a US$1,3586. O Dollar Index (DXY), que mede a variação da moeda americana ante seis rivais, fechou na estabilidade, com leve viés de queda, aos 90,765 pontos.

O mercado de câmbio mostrou poucas oscilações nesta sessão, com menos investidores na ativa devido ao feriado em homenagem a Martin Luther King nos Estados Unidos. Sem a referência de Nova York, o foco recaiu sobre investidores europeus, que venderam a moeda local diante de um cenário de incertezas.

Para além do avanço da covid-19 no globo, operadores relataram desconforto com a crise política na Itália, agora arrefecida. A Câmara dos Deputados do país decidiu, por 321 a 259 votos, manter o primeiro-ministro Giuseppe Conte no cargo.

Como mostrou mais cedo o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), a Itália vive uma nova crise política que ameaçava a permanência do premiê Giuseppe Conte no cargo. O abalo no gabinete ministerial veio após o partido Itália Viva desembarcar da coalizão governista – desde então, Conte buscava aliados para se manter no cargo e evitar a convocação de novas eleições.

Entre outras moedas, a Capital Economics aposta em relatório enviado hoje a clientes que o yuan, moeda chinesa, deve se fortalecer em relação ao dólar ao longo de 2021, considerando, principalmente, o ritmo da retomada econômica na China. Nesta segunda, o país informou crescimento de 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB) de 2020 ante 2019 e 6,5% só no quatro trimestre do ano passado, na comparação anual, superando projeções do mercado. “Em contraste, a recuperação econômica nos EUA está bem menos avançada”, diz a Capital Economics