O dólar norte-americano caiu ante pares globais nesta terça-feira, 23, mesmo após dados da economia dos Estados Unidos sustentarem as apostas por manutenção nos juros no país no início de 2026.
O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, recuou em 0,35%, a 97,942 pontos. Por volta das 17h50 (de Brasília), o dólar caía a 156,28 ienes, enquanto o euro avançava a US$ 1,1792 e a libra subia a US$ 1,3499.
Apesar da alta bem acima do esperado no Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA, a aceleração da inflação medida pelo PCE alimenta a cautela do mercado, mantendo as apostas de juros praticamente inalteradas.
Para o próximo ano, o Swissquote destaca que a perspectiva para a moeda permanece “confortavelmente” negativa, em meio a preocupações fiscais, queda na demanda por títulos do Tesouro dos EUA como ativos de segurança e expectativas mais dovish para o Federal Reserve. Enquanto isso, o LMAX Group, afirma que a divergência de direcionamento entre os bancos centrais continua sendo o foco no mercado de câmbio, voltando a destacar a diferença entre o Fed e o Banco Central Europeu (BCE).
Além disso, a busca pelo próximo líder do Federal Reserve voltou a ser destaque após o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmar hoje que “qualquer pessoa que discorde de mim nunca será presidente do Fed”. Trump declarou, ainda, querer que o escolhido para assumir o cargo reduza os juros “caso o mercado estiver indo bem”.
Enquanto isso, o iene continuou a se beneficiar da ameaça de intervenção por parte do governo japonês. De acordo com o Société Générale, movimentações que não estão alinhadas com os fundamentos juntamente com as condições de negociação de fim de ano criam um “cenário propício para intervenção”.
*Com informações de Dow Jones Newswires