O dólar caiu ante suas principais rivais nesta quinta-feira. Parte do movimento se dá em aparente realização de lucros pela moeda americana, diante das recentes altas, apesar dos temores de recessão econômica nos Estados Unidos. Quanto à zona do euro, ata do Banco Central Europeu (BCE) impulsionou a divisa comum do bloco.

O índice DXY, que mede o dólar frente moedas competitivas, fechou em baixa de 1,05%, a 102,724 pontos. No fim da tarde em Nova York, o euro subia a US$ 1,0590 e a libra, a US$ 1,2493, enquanto o dólar caia a 127,71 ienes.

“Francamente, estamos confusos sobre por que o euro e a libra estariam se recuperando durante um período intenso de sentimento de risco”, dizem analistas do BBH. O banco espera que o dólar ganhe alguma força à medida que o sentimento de cautela se amplia entre investidores. Apesar das preocupações com as perspectivas econômicas, o BBH segue acreditando que os Estados Unidos está “muito mais em forma” do que a zona do euro, reino Unido e Japão.

Já o ING pontua que a volatilidade de um mês entre euro e libra está de volta a 8% o que é bastante elevado para um par de divisas europeias, de acordo com o banco holandês. Ainda assim, a instituição prevê que tal volatilidade deve continuar, dada a incerteza sobre as trajetórias do BCE e do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês). “Aqui, pensamos que os ciclos de aperto monetário em ambos estão superfaturados e provavelmente que o ciclo do BoE deve ser reavaliado primeiro”.

Hoje, a divulgação da ata mais recente do BCE impulsionou o euro, ainda que levemente. Na ocasião, os dirigentes apontaram que podem elevar os juros básicos “algum tempo” após o fim das compras de ativos. Para a Capital Economics, a aposta de alta de 50 pontos-base ganha forças com os comentários registrados em documento.

Entre emergentes, o rand ficou entre os destaques e ganhou força momentânea ante o dólar, depois que o Banco Central da África do Sul decidiu elevar a taxa básica de juros em 50 pontos-base, a 4,75% ao ano. No horário citado, porém, a divisa sul-americana se enfraquecia frente à americana.