02/12/2024 - 18:34
O dólar avançou nesta segunda-feira, 2, ante a maioria das moedas, impulsionado pelos comentários do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que defendeu o ativo como reserva global, e ameaçou novas tarifas. Além disso, no caso do euro, a moeda foi pressionada pela crise política na França, que ameaça o governo e o orçamento local.
O índice DXY, que mede a variação da moeda americana ante uma cesta de pares fortes, fechou em alta de 0,67%, a 106,446 pontos. Perto do fechamento de Nova York, o dólar avançava a 149,40 ienes, o euro caia a US$ 1,0508 e a libra recuava a US$ 1,2661.
Tendo cedido algum terreno na semana passada, o dólar começou a semana com o pé na frente, em parte devido aos comentários de Trump sobre o status de moeda de reserva. As observações reforçam a visão de que Trump poderá não procurar enfraquecer o dólar durante o seu mandato presidencial e, em vez disso, dependerá de tarifas para resolver o grande desequilíbrio comercial de bens dos EUA, avalia o Rabobank. “Mantemos a opinião de que o euro poderá cair para a paridade Com o dólar em meados do próximo ano. O momento pode coincidir com a introdução de novas tarifas por Trump”, aponta o banco.
O primeiro-ministro francês Michel Barnier enfrenta censura e demissão quase certa pela Assembleia Nacional na quarta-feira, 4 de dezembro, depois de usar os seus poderes de emergência ao abrigo do artigo 49.3 da Constituição para impor a parte da segurança social do seu orçamento de redução do déficit para 2025, explica a Eurasia. O cenário base da consultoria é que Barnier tem apenas 20% de hipóteses de sobreviver à votação de censura.
Já o ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo, disse hoje que o país deve acabar com as restrições cambiais no ano que vem, contando com a recomposição de suas reservas internacionais. “Sem dúvida, isto o fim das restrições cambiais vai acontecer em 2025. O timing é muito difícil de assegurar porque as negociações com o fundo levam tempo … O que podem estar seguros é de que em 2025 as restrições cambiais vão acabar”, afirmou.