O dólar se valorizou levemente ante moedas rivais nesta segunda-feira, 13, depois de certa volatilidade. Investidores aguardam dados importantes dos Estados Unidos nesta semana, principalmente a inflação de agosto. O euro e a libra deram continuidade aos recuos ante o dólar, enquanto entre as economias emergentes, a eleição primária na Argentina levou a uma valorização do peso no mercado paralelo.

O índice DXY, que mede a força do dólar ante seis moedas rivais, fechou em alta de 0,10%, a 92,675 pontos. No fim da tarde em Nova York, o dólar avançava a 110,02 ienes, enquanto o euro cedia a US$ 1,1807 e a libra tinha queda de US$ 1,3834.

“O dólar segue firme nesta semana, mas dependerá dos dados macroeconômicos para manter sua alta”, afirma o BBH. A inflação ao consumidor e as vendas de varejo nos Estados Unidos serão divulgadas, respectivamente, nesta terça e quarta-feira. De acordo com a mediana do Projeções Broadcast, a inflação subiu 0,4% no período, em relação a julho. Ainda que isso represente uma desaceleração, analistas dizem que o nível ainda é elevado.

O banco observa que, na semana passada, o dólar se manteve em alta ante a maioria das moedas – inclusive emergentes. “Depois das vendas após o relatório de empregos (payroll) que veio abaixo do esperado, o dólar volta com força total”, dizem os analistas.

Já o euro, por sua vez, recuou diante da moeda americana. Ao longo da sessão, caiu ao seu nível mais baixo em duas semanas, de acordo com a Western Union. A divisa comum europeia vem enfrentando dificuldades na última semana, depois que o Banco Central Europeu (BCE) fez um ajuste “modesto” na política monetária, pontua o analista Joe Manimbo. A autoridade monetária teve uma postura menos hawkish do que o esperado pelo mercado.

Hoje, a dirigente do BCE Isabel Schnabel reforçou que a instituição só dará início ao processo de normalização monetária quando estiver confiante de que atingiu seu objetivo de inflação de forma sustentável. Para ela, a zona do euro deve ver a pressão sobre os preços desacelerar de forma notável já a partir do próximo ano.

Entre os países emergentes, a Argentina esteve no radar dos investidores. Nas primárias legislativas, que antecedem as eleições gerais de novembro, a coalizão oposicionista, Juntos por el Cambio, foi vencedora. Para analistas, o resultado evidencia a derrota do governo do presidente Alberto Fernández e sua vice, Cristina Kirchner. No fim da tarde em Nova York, o dólar oficial avançava a 98,2370 pesos argentinos. No entanto, no mercado paralelo, o dólar blue recuava mais de 1% nesta tarde, segundo o jornal Cronista.