17/01/2024 - 18:22
O dólar não mostrou grande fôlego frente a outras moedas principais, com investidores atentos a indicadores, como as vendas no varejo dos Estados Unidos, e também às perspectivas na política monetária. No Reino Unido, a inflação acima do esperado sustentou a libra, diante de ajustes para as perspectivas dos próximos passos do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês). Na Argentina, o dólar blue voltou a renovar máxima histórica frente ao peso.
No fim da tarde desta quarta-feira, 17, em Nova York, o dólar subia a 148,19 ienes, o euro subia a US$ 1,0881 e a libra tinha alta a US$ 1,2683. O índice DXY, que mede o dólar ante seis rivais fortes, fechou em alta de 0,09%, a 103,450 pontos.
Na Europa, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) do Reino Unido subiu 4,0% em dezembro de 2023, na comparação anual, ante previsão de avanço de 3,7% dos analistas ouvidos pela FactSet. O ING comentou que o dado de inflação faz um corte de juros em maio parecer prematuro pelo BOE. Já entre dirigentes do Banco Central Europeu (BCE), Bostjan Vasle disse que é “absolutamente prematuro” esperar um corte de juros no início do segundo trimestre deste ano, enquanto Fabio Panetta previa “forte desinflação” na zona do euro, mas ressalvava que era preciso antes ver os indicadores, para traçar suas próximas decisões na política monetária. A presidente do BCE, Christine Lagarde, comentou que o corte nos juros provavelmente ocorrerá no verão local.
Também nesta manhã, as vendas no varejo dos EUA cresceram 0,6% em dezembro, na comparação com novembro. O resultado superou a previsão de alta de 0,4% dos analistas ouvidos pela FactSet e o dólar ganhou alguma força, após o indicador, mas os ganhos se mostraram contidos.
Na Argentina, o dólar blue, negociado no mercado paralelo, renovou recorde histórico frente ao peso, em 1.250 pesos na máxima de hoje. No câmbio oficial, no horário citado o dólar avançava a 818,8808 pesos. Ainda no noticiário local, a província de La Rioja aprovou de uma quase-moeda, denominada Bônus de Cancelamento da Dívida (BOCADE), um projeto do governador Ricardo Quintela. O governador argumenta que a saída foi necessária diante do duro ajuste feito pelo governo de Javier Milei e que o bônus seria usado para saldar parte dos salários do funcionalismo. Milei, enquanto isso, discursou no Fórum Econômico Mundial, em Davos, com uma defesa do capitalismo e do libertarismo, sem entrar na política do próprio país.