O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de outras moedas, chegou a recuar mais cedo, ajustando ganhos recentes, mas se fortaleceu também no dia de hoje. Investidores já ajustavam posições, à espera da decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 109,96 ienes, o euro recuava a US$ 1,1731 e a libra tinha baixa a US$ 1,3739. O DXY se valorizou 0,28%, a 93,195 pontos.

A Capital Economics avaliava a sessão de hoje como “calma”, antes da semana com decisões de política monetária importantes, do Fed e também do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês). A consultoria diz duvidar que o BC americano apresente já nesta quarta-feira um plano para a redução nas compras de bônus (“tapering”), mas considera que projeções econômicas atualizadas podem lançar alguma luz sobre o tema, “diante de pressões inflacionárias cíclicas crescentes”. A Capital acredita que a inflação seguirá elevada nos EUA por mais tempo do que o Fed e a maioria dos investidores antecipa.

Olhando para o mais longo prazo, o Rabobank sustenta que o dólar deve seguir com tendência de valorização nos próximos meses. O banco vê o consenso atual nos mercados de que o tapering deve ser anunciado ou iniciado em novembro ou dezembro. Além disso, nota que os movimentos no gráfico de pontos do Fed alimenta o debate sobre se o BC poderá elevar juros ainda durante 2022.

Na agenda de indicadores de hoje, o índice de sentimento do consumidor dos EUA, elaborado pela Universidade de Michigan, subiu a 71,0, mas ficou abaixo da previsão de 72,0 dos analistas. Para o ING, o resultado “fraco” foi resultado da covid-19 e do aumento do custo de vida no país.