O dólar chegou a recuar em parte desta terça-feira, 31, com investidores atentos a indicadores fracos, na China e também na própria economia dos Estados Unidos. Mais adiante, porém, a divisa retomou impulso e passou a oscilar ante outras moedas fortes.

O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de outras moedas principais, recuou 0,03%, a 92,626 pontos. No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 110,01 ienes, o euro avançava a US$ 1,1809 e a libra tinha baixa a US$ 1,3754.

O DXY recuava no início do dia, após sinais modestos da economia da China. O índice de gerentes de compras da indústria da China recuou a 50,1 em agosto, ante previsão de 50,2 dos analistas ouvidos pelo Wall Street Journal. O PMI de serviços recuou a 47,5 em agosto, abaixo da marca de 50 que separa expansão da contração.

O índice passou a recuar mais no fim da manhã, após o índice de confiança do consumidor dos Estados Unidos, elaborado pelo Conference Board, recuar a 113,8 em agosto, ante previsão de 123,1 dos analistas. Mais adiante, porém, houve retomada do fôlego do DXY, que oscilou perto da estabilidade.

A recuperação pode ter sido em parte um ajuste, após o dólar ter ficado mais pressionado em sessões recentes, após o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) não ter oferecido um cronograma conclusivo sobre a retirada de estímulos, como lembra a Western Union em relatório. A própria Western Union nota também a expectativa pela divulgação do relatório de empregos de agosto dos EUA nesta sexta-feira, considerado muito importante para os próximos passos do Fed.

O Danske Bank, por sua vez, destaca que a variante delta da covid-19 continua a se disseminar no mundo, pesando sobre a retomada econômica. Nos EUA, o banco vê quadro misto, com variação bastante grande na proporção de vacinados em distintas partes do país. “Os mercados emergentes têm sofrido mais, como resultado de sua cobertura vacinal mais fraca”, compara.