O dólar recuou ante moedas rivais na sessão de hoje, em meio ao maior apetite por risco nos mercados internacionais. Dados dos EUA e Alemanha também refletiram no mercado de câmbio. Entre as decisões monetárias do dia, estiveram as dos bancos da Inglaterra, que fortaleceu a libra, África do Sul e Turquia.

O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de seis moedas competitivas, caía 0,39%, a 93,100 pontos, às 18h01 (de Brasília). No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 110,29 ienes, o euro avançava a US$ 1,1747 e a libra subia a US$ 1,3732.

O BBH observa que o dólar está caindo depois dos ganhos registrados ontem, com a decisão monetária do Federal Reserve (Fed). “Depois de chegar a quase 93,5 pontos hoje, o DXY caiu novamente”, dizem os analistas. Apesar disso, a expectativa do banco é que o posicionamento hawkish do Fed e o cenário de risco provocado pela China manterão o dólar em alta em um prazo maior.

Na sessão de hoje, porém, apesar de dados americanos mais fracos do que o previsto, a sinalização do Fed para iniciar o tapering em breve e um noticiário mais positivo quando à Evergrande contribuíram para um maior apetite por risco – o que tende a diminuir a demanda pelo dólar, considerado um porto seguro dos investidores.

O índice DXY ampliou suas perdas após o resultado preliminar do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) de setembro dos Estados Unidos, que recuou ao menor nível em 12 meses, segundo a IHS Markit, e do número de pedidos de auxílio-desemprego no país, que subiu acima do esperado.

Depois da divulgação do PMI da Alemanha, que atingiu o menor nível em sete meses em setembro, segundo dados preliminares, o euro chegou a reduzir os ganhos frente o dólar, mas os recuperou ao longo do dia.

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Em dia de decisão do Banco da Inglaterra (BoE), que manteve sua política monetária inalterada, como previsto, a libra também estendeu altas em relação ao dólar. “Ainda que a libra esteja sujeita a algumas incertezas no curto prazo, esperamos que a moeda britânica se fortaleça ante o dólar e o euro no médio prazo”, prevê o Wells Fargo.

Entre as emergentes, o rand sul-africano se fortaleceu levemente ante o dólar após o Banco Central da África do Sul manter sua taxa básica de juros em 3,5%, mas prever um aumento de 25 pontos-base no quarto trimestre. A lira turca, por sua vez, estendeu as perdas ante o dólar depois que o Banco Central da Turquia decidiu cortar a taxa de juros de 19% para 18%. No fim da tarde de Nova York, o dólar subia a 8,759 liras, de 8,6579 liras na tarde de ontem. “A lira enfraqueceu pelo fator surpresa, enquanto o mercado digere o movimento. Vai enfraquecer um pouco mais e um pouco mais rápido do que muitos esperavam, mas não deve ser uma reação explosiva”, diz o TD Securities.


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