O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, avançou nesta sexta-feira, 10. Investidores avaliaram o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês), que superou a expectativa, e também continuaram a monitorar os sinais do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

No fim da tarde em Nova York, o dólar avançava a 109,87 ienes, o euro recuava a US$ 1,1815 e a libra tinha baixa a US$ 1,3835. O DXY subiu 0,11%, a 92,582 pontos.

O índice de preços ao produtor subiu 0,7% em agosto ante julho, com alta de 0,6% no núcleo dos preços, resultados um pouco acima da previsão dos analistas. A inflação tem ganhado atração especial recentemente, no quadro da retomada econômica, também por seus impactos na política monetária.

Presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester afirmou que a inflação deve permanecer alta neste ano, antes de desacelerar em 2022. Além disso, comentou que está “muito confortável” com o início da redução gradual nas compras de bônus (“tapering”) ainda neste ano, com esse processo terminando em meados de 2022. Sem tocar diretamente na política monetária, Tom Barkin (Richmond) falou sobre o quadro no mercado de trabalho. Ele previu que, nos próximos meses, a oferta e a demanda por emprego devem se equilibrar mais, porém notou que pode haver mais pressões sobre os salários, no quadro atual, elevando consequentemente a inflação.

A Capital Economics afirma em relatório que o dólar teve recuo considerável de suas máximas no ano, nas últimas semanas, mas espera que o movimento possa ser revertido em breve em relação à maioria das demais moedas. A consultoria atribui boa parte do movimento em meses recentes a uma mudança nos retornos dos bônus de vencimento mais curto entre o mercado dos EUA e outros dos desenvolvidos. Houve um ajuste na esteira da reunião do Fed, e mais recentemente o dólar caiu após o presidente do BC, Jerome Powell, reiterar que a normalização da política continua a depender da recuperação econômica.

Agora, a Capital acredita que os diferenciais entre os retornos de curto e longo prazos contribuirão mais para a valorização do dólar, em particular ante euro, iene e franco suíço. A alta nos retornos dos bônus americanos deve ainda pressionar moedas de emergentes com recuperações lentas e balanços fracos, prevê ela.

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