A modelo e influenciadora Daniela Orcisse, de 35 anos, denunciou a loja Águia Shoes por racismo após ter sido acusada pelo gerente do estabelecimento de ter furtado a própria blusa. O caso ocorreu no bairro São Mateus, na zona leste de São Paulo, no dia 15 de julho.
Resumo:
- Um gerente da Águia Shoes teria abordado Daniela após uma suposta cliente ter dito que a viu pegando uma blusa;
- De acordo com a modelo, o gerente não tinha provas do suposto furto, pois as câmeras de segurança e o detector da loja não estavam funcionando;
- Em uma gravação, divulgada no Instagram, Daniela afirmou que não é uma “ladra”.
Por meio de um vídeo divulgado no Instagram, Daniela afirmou que foi abordada pelo gerente da Águia Shoes e um segurança quando já estava dentro de uma outra loja.
O gerente teria questionado a modelo se a blusa que ela usava não era da loja. Nesse momento, Daniela mostrou a peça de roupa para o profissional ver que não havia nenhuma etiqueta.
“Eu passei por um constrangimento, uma vergonha tão grande. É horrível você ser acusado de algo que não fez (…) Todo mundo olhando, eu não desejo isso para ninguém. Eu não sou ladra”, disse.
A modelo ressaltou que, durante a abordagem, a advogada Paloma Santos e Silva se aproximou e se colocou à disposição para ajudá-la. As duas foram até a loja Águia Shoes e o gerente informou que uma suposta cliente havia dito para uma vendedora que tinha visto Daniela furtar a blusa.
“Cadê a cliente? Eles a colocaram na minha frente? Não. O detector de alarme da loja também não estava funcionando. Não tem como eu tirar aquela bolinha (que fica presa na peça de roupa) do dente em cinco minutos”, acrescentou Daniela no vídeo.
Em nota, a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo) informou à IstoÉ que o caso foi registrado como calúnia na delegacia eletrônica e a influenciadora recebeu um comunicado sobre o prazo para representação criminal.
Em nota divulgada no Instagram, a loja Águia Shoes informou que está verificando as informações para tomar as “medidas firmes contra qualquer forma de discriminação ou preconceito, promovendo a diversidade e a valorização da individualidade”. “Estamos comprometidos em cultivar uma cultura de respeito mútuo, em que todos se sintam seguros e apoiados”, finalizou sem citar o caso da modelo.