As provas de atletismo dos Jogos do Rio terminam oficialmente no domingo, com a chegada da maratona ao Sambódromo, mas Mo Farah colocou um ponto final glorioso às provas de pista no estadio Olímpico Nilton Santos o Engenhão, ao repetir a ‘dobradinha’ 5000-1000 m de Londres-2012.

O britânico de origem somali conquistou o ouro nos 5000 metros neste sábado, com o tempo de 13:03.30, sete dias depois de ter vencido os 10.000 ao superar um tombo no meio da prova.

Desta vez, a vitória foi sem sustos. Após os 3.400 metros, Farah assumiu a liderança e deu um sprint nos últimos 400 metros, sem que ninguém pudesse acompanhá-lo.

“O sonho de cada atleta é se destacar nos Jogos Olímpicos. Não posso acreditar”, afirmou Farah depois da façanha histórica.

“Por estar tão longe da família durante tanto tempo eu tinha que fazer algo por eles. Agora só penso em voltar para casa, encontrar meus filhos maravilhosos e colocar minhas medalhas em seus pescoços”, completou.

O americano de origem queniana Paul Kipkemoi Chelimo (13:03.90) chegou na segunda posição, foi desclassificado e depois reabilitado, o que confirmou sua medalha de prata. O etíope Hagos Gebrhiwet (13:04.35) levou a medalha de bronze.

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail

– Semenya supera as polêmicas –

Farah não foi o único a fazer história neste sábado. Um dia depois de se tornar a maior campeã olímpica da história do atletismo, a americana Allyson Felix conquistou o sexto ouro de sua carreira, com a vitória da equipe dos Estados Unidos, este sábado, na final do revezamento 4×400 metro.

A atual campeã do mundo da distância, de 30 anos, correu a última perna do revezamento e completou a prova com o tempo de de 3:19.06. A Jamaica levou a prata com 3:20.34 e a Grã-Bretanha o bronze, com 3:25.88.

No masculino, também deu Estados Unidos, que finalmente conseguiram superar a Jamaica no masculino, depois de mais uma derrota para Bolt e companhia no 4×100 m de sexta-feira.

Arman Hall, Tony McQuay, Gil Roberts e Lashawn Merritt completaram a prova com o tempo de 2:27.30. A Jamaica (2:58.16) levou a prata e Bahamas (2:58.16) faturou o bronze.

Nos 800 m, que levou a melhor foi a sul-africana Caster Semenya, campeã mundial em 2009, que faturou o ouro olímpico, , com o tempo de 1:55.28sete anos após a grande polêmica sobre seu sexo.

Ela chegou à frente de Francine Niyonsaba (1:56.49), do Burundi, que levou a prata, e da queniana Margaret Nyairera Wambui (1:56.89), que faturou o bronze.

Semenya, atleta intersexual cujos níveis de testosterona se aproximam de valores masculinos, já havia sido prata em Londres-2012.

Mas se há um momento que marcou a carreira de Semenya foi o Mundial de Berlim-2009, quando ela venceu com folga as rivais e a imprensa iniciou um debate sobre seu aspecto masculino.

Seu calvário durou quase um ano, com vários exames médicos, até que ela foi autorizada a competir pela Federação Internacional de Atletismo (IAAF).

– Zebra nos 1.500 m –


Na prova masculina dos 1.500 m, o americano Matthew Centrowitz, que chegou ao Rio sem ter obtido sequer uma dez melhores marcas da temporada, surpreendeu a todos ao conquistar o ouro, com o tempo de 3:50.00.

O argelino Taoufil Makhloufi ficou com a medalha de prata (3:50.11) e o bronze foi para o neozelandês Nicholas Willis (3:50.24).

O queniano Asbel Kiprop, tricampeão mundial e grande favorito, chegou apenas na sexta posição (3:50.87).

Em uma corrida lenta, o americano de 26 anos liderou a prova do princípio ao fim, e na reta final resistiu ao ataque de seus adversários.

Já a espanhola Ruth Beitia precisou esperar os 37 anos de idade para alcançar a glória olímpica, com o ouro no salto em altura, com um salto de 1,97 metro.

Beitia, que buscava o único pódio que lhe faltava deixou a prata para a búlgara Mirela Demireva e o bronze para a croata Blanka Vlasic, ambas com a mesma marca e mais tentativas nas alturas anteriores.

No lançamento de dardo, o ouro foi para alemão Thomas Röhler com a marca de 90,30 metros.

O queniano Julius Yego, com 88,24 metros, ficou com a prata e o trinitino Kershorn Walcott, bronze, lançou a 85,38 metros.

lg


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias