Pesquisadores do Morgan Stanley, J.P. Morgan e Citigroup, entre outros participantes do mercado, consideraram a possibilidade de novos Treasuries de grande maturidade, após o escolhido de Donald Trump para a secretaria do Tesouro, Steven Mnuchin, ter feito uma referência sobre a possibilidade de emitir papéis de 50 a 100 anos. Se ele pretender seguir adiante com o plano, ele pode ser implementado no ano que vem, de acordo com alguns especialistas.

O conceito de aumentar a maturidade dos Treasuries, brevemente discutido por Mnuchin durante a entrevista que concedeu à CNBC na quarta-feira, não é nova. Países europeus adotaram a medida com frequência nesse ano, à medida que muitas taxas de juros caíram para níveis recordes, tornando o custo dos papéis de longo prazo particularmente baratos.

“Se o próximo secretário do Tesouro e a próxima administração de papéis sob seu comando quiserem tomar a medida assim que assumirem o governo, eles podem anunciar a chegada de Treasuries de 50 ou 100 anos em fevereiro”, disse Ted Wieseman, economista da Morgan Stanley, em nota. Os operadores de papéis de longo prazo do banco acreditam que esses títulos podem ser bem recebidos pelos investidores, acrescentou Wieseman.

Entretanto, alguns não veem os novos papéis chegando tão rapidamente, mesmo se o Departamento do Tesouro começar a explorar o tópico em fevereiro. Os estrategistas do J.P. Morgan, liderados por Jay Barry, disseram em nota divulgada na quarta-feira, que quando o T-Bond de 30 anos foi reintroduzido há uma década, eles começaram a discutir a medida em maio de 2005, mas acabaram fazendo o primeiro leilão desses papéis apenas em fevereiro de 2006. Fonte: Dow Jones Newswires.