A missão da ONU no Mali encerrou oficialmente a sua mobilização de 10 anos no país nesta segunda-feira (11), segundo a sua porta-voz, uma retirada ordenada pelos líderes militares do país africano.

A missão, conhecida como Minusma, baixou a bandeira da ONU no seu quartel-general na capital Bamako, disse a sua porta-voz, Fatoumata Kaba.

A cerimônia simbólica marca o fim oficial da missão, acrescentou, embora alguns dos seus elementos ainda estejam lá.

Após 1º de janeiro, ocorrerá uma “fase de liquidação”, que incluirá atividades como a entrega dos equipamentos restantes às autoridades.

A junta governante do Mali, que assumiu o poder em 2020, exigiu em junho a saída da missão, destacada desde 2013, apesar de o país estar atolado no jihadismo e em uma crise profunda.

A retirada da missão de estabilização da ONU levanta receios de uma intensificação dos combates entre tropas regulares e facções armadas pelo controle do território.

Durante a última década, a Minusma manteve cerca de 15 mil soldados e policiais no país do oeste da África.

Cerca de 180 membros morreram durante este período em atos hostis promovidos por grupos armados afiliados à Al-Qaeda e à organização Estado Islâmico.

Apesar das perdas humanas e do considerável compromisso financeiro, a Minusma foi duramente criticada por parte da população do Mali por sua incapacidade de frear a crise.

“Era inevitável que aparecesse uma brecha entre o que a missão podia conseguir razoavelmente e as expectativas que gerou. Apesar disso, conseguimos muito”, afirmou o chefe da missão, El Ghassim Wane, nesta segunda-feira.

“Vamos embora (…) orgulhosos do que pudemos alcançar, mas também conscientes das limitações da nossa ação”, acrescentou.

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