A missão de estabilização da ONU no Mali anunciou, nesta segunda-feira (16), que começou a se retirar de dois de seus acampamentos na região de Kidal, que é palco de uma escalada militar entre grupos que disputam o controle do território.

“Em um clima de alta tensão, a Minusma [missão da ONU no Mali] iniciou o processo de retirada de seus acampamentos na região de Kidal, começando por Tessalit e Aguelhok”, indicou a missão em um comunicado, no qual acrescenta que poderia acelerar sua retirada de um terceiro acampamento, o de Kidal.

Em junho, após meses de deterioração das relações, os militares que assumiram o poder em um golpe em 2020 exigiram a saída da Minusma, presente desde 2013 neste país ameaçado pelo jihadismo e em profunda crise.

A retirada da Minusma de seus acampamentos agravou as rivalidades pelo controle do território entre os grupos armados presentes no norte.

Os grupos separatistas dominados pelos tuaregues retomaram as hostilidades contra o Estado central, e o Grupo de Apoio ao Islã e aos Muçulmanos (GSIM, na sigla em inglês), vinculado à Al Qaeda, multiplicou os ataques contra posições militares.

A Minusma já transferiu quatro acampamentos para as autoridades do Mali desde agosto. Mas a saída dos acampamentos da ONU na região de Kidal e na cidade homônima, bastião dos separatistas, apresenta-se como a mais complicada.

lal/emd/hgs/mb/rpr/mvv