SÃO PAULO, 9 OUT (ANSA) – Uma missa realizada neste domingo (8) marcou o fim da primeira etapa do processo de beatificação e canonização do seminarista surfista Guido Schaffer, morto em 2009, aos 34 anos. O evento contou com histórias de fé de diversas pessoas que tiveram graças alcançadas e acreditam na capacidade de intercessão de Guido. O encontro reuniu um grupo de jovens em Copacabana, que percorreram a orla até a Paróquia de Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, na zona sul do Rio, onde o corpo do jovem está enterrado.   

Uma cerimônia deu sequência ao processo que pode levar à canonização de Guido Schäffer. A primeira etapa aconteceu em 2014. Uma biografia do jovem surfista foi entregue à Santa Sé, em Roma, que aceitou o pedido da Cúria do Rio de Janeiro para seguir adiante. “Sinto uma profunda gratidão a Deus na finalização da etapa arquidiocesana do processo, porque sei que nessa caminhada ele nos amparou e conduziu. Tudo está sendo concluído com muita paz e bom êxito”, disse a mãe de Guido, Maria Nazareth Schäffer, ressaltando que espera, com muita fé, a decisão de Roma.   

Na segunda etapa, duas mil páginas distribuídas em cinco pacotes reúnem uma série de documentos e testemunhos. O material, organizado durante dois anos e meio, foi selado pelo cardeal dom Orani Tempesta e será enviado ao Vaticano. Depois disso, será necessário aguardar a terceira etapa, de beatificação, se comprovado um milagre. A quarta e última fase de canonização, depende de um segundo milagre para ele ser declarado santo.   

Guido era médico e morreu afogado em 2009 em um acidente enquanto praticava surf. Ele tem ficado conhecido por milagres atribuídos a ele, que ganhou o apelido de “Surfista Santo”.   

Desde 2015, o carioca é considerado “servo de Deus” pelo Vaticano.   

O surfista ajudava pessoas carentes em atendimento médicos. Além dos milagres relatados, vários surfistas carregam medalhas em homenagem a Guigo antes de entrarem no mar. (ANSA)