Nesta sexta-feira (16), o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), quebrou o sigilo dos documentos de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, nos quais projetavam um estado de sítio “jogando dentro das quatro linhas”, frase exaustivamente dita pelo ex-presidente.

“Afinal, diante de todo o exposto e para assegurar a necessária restauração do Estado Democrático de Direito no Brasil, jogando de forma incondicional dentro das quatro linhas, com base em disposições expressas em disposições expressas da Constituição Federal de 1988, declaro o Estado de Sítio e, como ato contínuo, decreto Operação de Garantia da Lei e da Ordem”, diz o texto encontrado no celular de Cid.

Segundo o relatório da PF (Polícia Federal), o documento com a declaração do estado de sítio foi enviado no dia 28 de novembro de 2022 para um telefone salvo na agenda do ex-ajudante como “Major Cid – AJO Pr”, o que aparentemente servia como backup das imagens.

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TSE

Em outro trecho do documento fala em “ativismo judicial”, e entre os tópicos cita Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), empossado em 2022.

“As normas legítimas autorizando a atuação de juízes suspeitos (nestas eleições, o Ministro Alexandre de Moraes nunca poderia ter presidido o TSE, uma vez que ele e Geraldo Alckimin possuem vínculos de longa data, como todos sabem)”.

Em outro, o texto fala que o TSE não apurou uma denúncia relativa à falta de inserções de propaganda eleitoral.

Vale lembrar que o então ministro das Comunicações, Fábio Faria, afirmou em 24 de outubro, pouco antes do segundo turno, marcado para o dia 30, que rádios não divulgaram 154 mil inserções de propaganda eleitoral da campanha de Bolsonaro.