Minoxidil oral ou tópico? Conheça as diferenças e indicações

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Perder pelos e fios de cabelo é natural, mas algumas pessoas sofrem pelo excesso de queda, e quando isso acontece é imprescindível consultar um dermatologista para investigar a causa. Em alguns casos, o profissional pode recomendar o uso de minoxidil, popular para o tratamento dessas condições.

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Geisa Costa, dermatologista e fundadora da Art Beauty Center, em São Paulo e Uberaba (MG), explica que o minoxidil é “uma substância que aumenta o calibre dos vasos sanguíneos, melhorando a circulação e prolongando a fase anágena [nascimento e crescimento dos fios]”. 

O uso tópico do produto é o mais comum para estimular e manter o crescimento dos fios no local da aplicação, normalmente no couro cabeludo, sobrancelha e barba. Essa opção é vendida sem receita, o que pode ser um grande problema para a saúde.

Minoxidil tópico sem receita pode causar efeitos colaterais, “como coceira, vermelhidão e até mesmo um pouco de queda no local da aplicação, que, na verdade, é a troca dos fios, chamada de shedding”, aponta Geisa.

Minoxidil oral é mais eficaz?

A versão oral da substância também é boa, com a mesma forma de ação: estímulo dos folículos capilares. No entanto, só é comercializada com receita médica, pois pode ter efeitos colaterais mais fortes, embora possa ter ação mais rápida.

“Quem sofre de doenças no fígado, rins ou coração precisa procurar um especialista para saber se pode usar o medicamento [oral]. Em mulheres, pode causar um aumento de pelos, a hipertricose. Também pode causar inchaço nos membros inferiores”, destaca a médica.

Assim como a opção tópica, o minoxidil oral pode causar o shedding, além de hipotensão (queda de pressão), principalmente por excesso de dosagem e falta de acompanhamento médico. “Não é indicado se a mulher está grávida ou amamentando”, reforça Geisa.

O tempo do tratamento oral varia conforme a condição individual de cada paciente. “Se for eflúvio telógeno e pós-quimioterapia, que são condições temporárias, pode ser indicado por até dois anos, que é quando o fio pode atingir a altura dos ombros”, exemplifica a especialista.

Em alguns casos especiais, como problemas hereditários, o uso de minoxidil pode não ser tão eficaz. “Se parar de tomar, em três meses a pessoa começa a sentir uma queda de cabelo e, depois disso, eles voltam ao que eram antes.” A sugestão é realizar um teste genético para confirmar a causa e, então, iniciar um protocolo de tratamento condizente. 

Em casos de queda de cabelo genética, vale considerar o transplante capilar. “E, mesmo assim, para a manutenção, muitos precisam aplicar ou tomar o medicamento”, finaliza a médica.