Os ministros da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, e do Meio Ambiente, Ricardo Salles, se reúnem às 10h da manhã neste sábado, 24, com os integrantes do Centro de Operações Conjuntas, para discutir a implementação de medidas para conter as queimadas na floresta amazônica.

Também estarão reunidos o chefe do Estado-Maior conjunto das Forças Armadas, tenente-brigadeiro do Ar Raul Botelho, e o diretor-geral do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia, major-brigadeiro do Ar R1 José Hugo Volkmer. Depois do encontro, haverá uma coletiva de imprensa.

Sob pressão internacional, o presidente Jair Bolsonaro decidiu na sexta-feira, 23, enviar o Exército para combater o fogo na Amazônia e contra o desmatamento ilegal, a pedido de governadores.

No segundo dia de reuniões com a força-tarefa que o governo montou para contornar a crise ambiental, Bolsonaro autorizou a Garantia da Lei e da Ordem (GLO), usada em situações excepcionais, como na crise de segurança do Rio.

A primeira ação ocorreu ontem, com o envio de duas aeronaves modelo C-130 Hércules, da Força Aérea Brasileira, a Porto Velho, em Rondônia. Eles serão usados para despejar produtos que ajudem a apagar o fogo.

O Ministério da Defesa aguarda a liberação de R$ 20 milhões que estavam contingenciados no Orçamento deste ano para ampliar a ajuda.

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A coletiva de imprensa, marcada para as 11h, servirá para os ministros falarem das ações que estão sendo e serão tomadas.

Em pronunciamento na televisão, na noite da sexta-feira, o presidente defendeu tolerância zero para crimes ambientais, mas manteve a retórica de que as críticas são ataques à soberania nacional. Segundo Bolsonaro, os incêndios florestais não podem ser pretexto para sanções internacionais.

A declaração foi uma resposta a ameaças de França e Irlanda de bloquear o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul. Os países devem discutir a crise ambiental brasileira em reunião do G-7 que ocorre no balneário francês de Biarritz a partir de hoje. Contra a ofensiva, Bolsonaro recebeu apoio ontem de Japão, Espanha e, sobretudo, do presidente americano Donald Trump.

No pronunciamento que fez em rede nacional de rádio e TV, Bolsonaro ainda justificou a medida com a necessidade de se reforçar a fiscalização na região. “Este é um governo de tolerância zero com criminalidade. E nesta área não será diferente”, disse.


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