Ministros do Supremo Tribunal Federal e políticos disseram à coluna Painel, da Folha, nesta sexta-feira (20), que a aprovação do ex-advogado-geral da União, André Mendonça, para uma vaga no STF se tornou inviável após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) protocolar um pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes.

Segundo a coluna, políticos dizem que o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidente da Comissão de Constituição e Justiça, já havia sinalizado na quinta-feira (19) que estava decidido a não dar andamento na indicação de Bolsonaro ao Supremo, e agora com o agravamento da crise entre os Poderes a indicação deve ser engavetada.

Mendonça foi oficializado em julho por Bolsonaro a postular a vaga aberta na Corte no lugar do ex-ministro Marco Aurélio Mello, aposentado no mesmo mês. Desde então, segundo a coluna, Alcolumbre trabalha para que o ex-advogado-geral não seja aprovado, pois sua intenção seria a de postergar o indicado do presidente para tentar emplacar em seu lugar o procurador-geral da República, Augusto Aras.

O PGR foi reconduzido ao cargo recentemente, em pedido enviado à mesma CCJ presidida por Alcolumbre. A sabatina de Aras na comissão deve acontecer na próxima terça-feira (24).