BRUXELAS, 12 DEZ (ANSA) – Os ministros das Relações Exteriores dos países que compõem o G7 – Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos – e o alto representante da União Europeia para a Política Externa, Josep Borrell, publicaram um comunicado neste domingo (12) em que alertam a Rússia sobre uma possível disputa bélica com a Ucrânia.   

“A Rússia não deve ter dúvidas sobre o fato de que uma nova agressão militar contra a Ucrânia teria enormes consequências e graves custos como resposta. […] Condenamos a presença militar russa na fronteira e a retórica agressiva na relação com a Ucrânia”, diz um trecho do comunicado final do encontro de dois dias em Liverpool, na Inglaterra.   

A nota ainda ressalta que o G7 e a União Europeia dão amplo apoio “à soberania e à integridade territorial da Ucrânia bem como ao direito de qualquer Estado soberano de determinar o seu próprio futuro”.   

Os chanceleres ainda reforçam que continuam a apoiar que a França e a Alemanha sigam com o esforço “no formato Normandia parar obter a plena aplicação dos acordos de Minsk com o objetivo de resolver o conflito na Ucrânia oriental”.   

Os dois países europeus, desde 2014 quando a crise acentuou, atuam como mediadores da crise com os russos. À época, quando Moscou anexou unilateralmente o território da Crimeia e deu seu apoio às tropas separatistas na região de Donbass, foram os dois países que conseguiram frear os conflitos bélicos diretos, apesar da situação nunca mais ter se normalizado.   

Nas últimas semanas, porém, a crise voltou a se ampliar com as denúncias dos ocidentais de que a Rússia tem destacado uma grande quantidade de tropas para a fronteira com a Ucrânia.   

O presidente russo, Vladimir Putin, por sua vez, negou que tenha intenções de fazer um conflito com “qualquer nação”, mas disse que precisava “garantir a segurança” do seu território.   

Um dos principais motivos pelo aumento da crise é uma possível adesão de Kiev à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), vista como “inimiga” por Moscou. (ANSA).