MILÃO, 13 ABR (ANSA) – Os ministros dos Transportes do G7, reunidos em Milão, na Itália, aprovaram neste sábado (13) um documento que indica o papel da neutralidade energética e tecnológica.   

A afirmação foi feita pelo vice-premiê e ministro de Infraestrutura e Transportes da Itália, Matteo Salvini, ao final dos trabalhos.   

“Aprovamos uma declaração de 67 pontos, um trabalho bastante substancial com dois passos apoiados pelo governo italiano, o 19º [ponto] e o 40º”, explicou.   

De acordo com Salvini, “um é sobre a transição ecológica, que o G7 confirma, embora desprovido de ideologia, baseado em bom senso”.   

“Tanto que no ponto 19 falamos de ‘neutralidade tecnológica’, que é o que nós, como Itália, como Ministério e como partido, sempre almejamos, porque nem tudo é apenas elétrico”, acrescentou ele.   

O fórum dos ministros do grupo das sete nações mais industrializadas do mundo foi presidido por Salvini, com a participação de seus homólogos dos Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França e Canadá.   

Durante a entrevista, o vice-premiê italiano também comentou a diretiva aprovada ontem pela União Europeia (UE) sobre “Casas Verdes”, classificando como “o golpe final de uma comissão com ideias confusas”.   

“É uma diretiva sobre a ‘casa negra’, é um imposto, mais um imposto do euro. Não há necessidade de voltar a tributar a casa e nós, enquanto ministério, estamos a tentar estimar o custo, que em alguns jornais é estimado em um mínimo de 30 mil e no máximo 80 mil euros, para 5 milhões de famílias nos próximos anos”, enfatizou.   

Além disso, destacou que o projeto para construir uma ponte no Estreito de Messina, que ligaria a ilha da Sicília à Península Itálica, estão entre os principais temas do G7.   

“A ponte sobre o Estreito é uma das questões sobre as quais os meus colegas do G7 mais me pediram informações. Perguntaram quando a faremos e quando a inauguraremos e já convidei a comissário da UE, Adina Valean, em 2032″ para a inauguração”, garantiu.   

Salvini ainda reforçou que “as pequenas controvérsias locais a nível global são apenas ruído de fundo porque grandes obras no exterior são vistas como algo absolutamente necessário”.   

Ucrânia – Por fim, o ministro italiano lembrou que seus homólogos no G7 falaram “sobre a reconstrução da Ucrânia”, em “uma reunião muito positiva” com o representante ucraniano, mas também com 30 das principais indústrias italianas”.   

De acordo com ele, “é claro e evidente, digo isto como vice-premiê, que para reconstruir, as armas devem ser silenciadas, os mísseis devem parar de voar e as bombas devem parar de causar mortes”.   

“O compromisso é que 2024 seja um ano de paz. Notícias dramáticas estão a chegar, mas conto com todos os líderes mundiais, sobretudo os europeus, para usarem palavras de paz, para terem propostas de paz e que ninguém esteja a considerar enviar soldados que mais europeus morram do outro lado da fronteira”, concluiu. (ANSA).