Os ministros de Bolsonaro demonstram que só são valentes quando pensam estar no anonimato de uma reunião ministerial.

Sem imaginar que o teor da sessão seria divulgado, Weintraub chamou os ministros do STF de “vagabundos” e que deveriam ser presos. Chamado a depor à PF, no entanto, afinou: ficou calado.

Salles, que queria passar uma “boiada” para destruir o meio ambiente, disse depois que foi “mal interpretado”.

Damares, que desejava prender governadores, voltou atrás.

Paulo Guedes foi outro que se mostrou intrépido na frente dos colegas, dizendo que tinha lido Keynes no original, mas agora confessa não saber como impedir a retração de 8% no PIB deste ano.

Ao comentar a queda de 1,5% no PIB no primeiro trimestre, e reconhecendo que no segundo o tombo será maior, Guedes desceu do pedestal, pedindo que todos o ajudem a encontrar saídas para a crise.

“Precisamos que todos ajudem a remar até a margem. Caso contrário, corremos o risco de o barco afundar.”