O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, voltou a afirmar que não há pressão para que a gestão do Porto de Santos seja assumida a partir de indicações políticas. “Não tem pressão nenhuma, ninguém conversa sobre isso. O porto está bem gerido, na gestão de técnicos. Isso com aval do presidente Bolsonaro, que em momento nenhum cogitou passar o Porto para quem quer que seja a partir de indicação política”, afirmou Freitas nesta quarta-feira, 26.

O Porto de Santos é alvo de interesse de partidos do Centrão, que se aliou à gestão Bolsonaro nos últimos meses. A saída do então presidente da Santos Port Authority (SPA), Casemiro Tércio Carvalho, em abril, ocorreu num momento em que as negociações de cargos no governo ganhava corpo. No entanto, quem entrou no lugar foi um técnico da própria equipe de Tércio, Fernando Biral, afastando as chances de uma indicação política.

“Nós de pronto escolhemos alguém que fizesse parte da equipe dele”, disse Freitas, segundo quem a saída de Tércio já era algo previamente acertado.

O ministro também voltou a falar que os planos de desestatização do Porto de Santos são uma forma de “perenizar a governança e dar gestão profissional permanente”. “Porque a gente blinda essas estruturas desses solavancos e dessa descontinuidade que faz parte da política. A história fala por si. Hoje é o governo Bolsonaro, amanhã não é mais. Amanhã chega alguém que não tem essa mesma coragem e entrega o Porto para um partido. A gente já sabe o que deu errado”, afirmou Freitas.

Ponte. O ministro ainda comentou sobre a pretensão do governo de São Paulo de fazer a ligação Santos-Guarujá por meio de uma ponte. A preocupação da pasta é de que esse tipo de acesso não garanta a manobrabilidade. “A priori, ponte não combina com porto, não posso ter uma ponte que prejudique manobras. Não somos contra a ponte caso manobrabilidade seja preservada”, afirmou Freitas, que disse saber que o projeto passou por adaptações.

Segundo o ministro, no processo de desestatização do Porto, o governo estuda a possibilidade da construção de um túnel, que seria mais seguro para a navegação, em sua visão. “Então vamos considerar as duas possibilidades de ter essa ligação Santos-Guarujá, ou seja, o túnel ou a ponte”, disse.

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