O ministro russo da Defesa, Sergei Shoigu, viajou neste sábado (18) para Damasco para uma reunião com o presidente sírio, Bashar al-Assad, tendo a “luta antiterrorista” na agenda.

Essa é a primeira visita de um funcionário russo de alto escalão desde o início do conflito nesse país em 2011.

Principal aliado do governo sírio, a Rússia lançou, em setembro passado, uma campanha aérea para apoiar Assad militarmente. A ajuda gera atritos constantes com Washington.

“As conversas se concentram na cooperação militar entre ambos os países e nas ações conjuntas na luta antiterrorista em território sírio”, informou a agência oficial de Damasco SANA.

Já o Ministério russo da Defesa disse que a reunião se dedicou a “temas da atualidade da cooperação militar e técnica, além de alguns assuntos da cooperação da luta contra grupos terroristas que operam na Síria”.

Essa visita acontece depois de o porta-voz do Departamento americano da Defesa ter manifestado a “grande preocupação” do Pentágono com o bombardeio russo contra forças apoiadas pelos Estados Unidos no sul da Síria. Essas tropas combatem o grupo Estado Islâmico (EI).

Comandos militares americanos expressaram à Rússia, por videoconferência, sua “séria preocupação com o ataque contra forças apoiadas pela coalizão (internacional que combate na Síria) anti-EI, na guarnição de Al-Tanaf, que afetou forças que participam do fim das hostilidades na Síria”, anunciou o porta-voz Peter Cook.

O Pentágono “insistiu em que essa preocupação seria tratada nas discussões diplomáticas em curso sobre o fim das hostilidades”, acrescentou Cook.

Segundo fontes americanas, na última quinta (16), a Força Aérea russa bombardeou, em Al-Tanaf – um posto fronteiriço entre Síria e Iraque -, um grupo de combatentes apoiados pela coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos. Moscou negou.

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