O ministro dos Esportes da Polônia, Witold Banka, um ex-atleta de 34 anos, foi eleito nesta terça-feira em Montreal pelos representantes de Estado da Agência Mundial Antidoping (Wada) para ser o novo presidente do organismo, anunciaram os Estados membros em um comunicado.

A escolha será ratificada por um Conselho de Fundação da Wada que ocorre no dia 7 de novembro em Katowice, na Polônia.

Desde seu nascimento em 1999, a Wada foi guiada por um princípio de rotação de sua presidência entre o movimento olímpico (COI e federações internacionais) e os governos que a compõem.

Integrante do governo conservador polonês, Witold Banka vai substituir o britânico Craig Reedie, eleito em 2014 e proveniente do movimento olímpico.

“De acordo com as regras”, a indicação de Banka “será apresentada formalmente à Wada antes de 31 de maio de 2019 para que a eleição seja realizada na Junta da Fundação em Katowice, em novembro”, diz o comunicado.

Representando o continente europeu, Witold Banka competia com o dominicano Marcos Díaz, um ex-nadador em águas abertas de 44 anos, vice-ministro de Esportes em seu país e candidato pelo continente americano.

Banka havia sido designado em uma eleição do Conselho da Europa para representar seu continente em janeiro, com 28 votos contra 16 que a ex-ministra norueguesa Linda Helleland obteve.

Responsável por regular e fazer cumprir o antidoping no mundo todo, a Wada foi gravemente afetada desde o final de 2014 pelo escândalo de doping institucional na Rússia, que evidenciou as falhas em seus mecanismos de vigilância.

Desde então, a agência foi reformada, fortalecendo seu serviço de investigação e adotando um arsenal de sanções que vão permitir que, no futuro, o acesso aos Jogos Olímpicos de um país trapaceiro seja impedido, algo que não pôde ser feito contra a Rússia em 2016 nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

Em setembro passado, a decisão da Wada de reincorporar a Rússia como um país alinhado com o Código Mundial Antidoping também passou por debates acalorados.

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