A executiva nacional do União Brasil decidiu expulsar o ministro do Turismo, Celso Sabino.
Em nota divulgada nesta segunda-feira, 8, a direção da sigla afirmou que Sabino teve a filiação cancelada pela decisão de permanecer no governo Lula (PT) em desobediência a uma determinação partidária anunciada em agosto.
O ministro ainda perdeu a presidência do diretório estadual do União Brasil no Pará, onde dará lugar a uma Comissão Executiva Interventora.
Ministro e partido entraram em rota de colisão
Após anunciarem uma federação, PP e União Brasil determinaram que seus filiados deveriam deixar a Esplanada dos Ministérios em um movimento de migração para a oposição a Lula. A ordem valia para Sabino e André Fufuca (PP), do Esporte, que são deputados federais licenciados.
Sabino chegou a entregar sua carta de demissão da pasta, mas o recrudescimento da popularidade do governo, a dificuldade para construir unidade na oposição e suas ambições eleitorais — o ministro aparece em pesquisas como pré-candidato ao Senado — fizeram-no rumar à desobediência partidária.
Em outubro, Sabino confirmou que ficaria no cargo, disse ter a “confiança do presidente e de boa parte da bancada [do partido]” e classificou o processo aberto para sua desfiliação como uma “decisão equivocada”. Em seguida teve na COP30, em Belém, sua principal vitrine política no governo.