ROMA E BRUXELAS, 5 NOV (ANSA) – O ministro de Finanças da Itália, Giovanni Tria, afirmou nesta segunda-feira (5) que “não há confronto, nem compromisso” com a União Europeia e o orçamento para 2019 não terá mudanças mesmo após o Eurogrupo, que reúne os ministros de Finanças da zona do euro, aumentar a pressão contra o governo italiano.
“O orçamento não vai mudar, mas nós estamos discutindo o texto com a comissão da UE. Devemos responder até 13 de novembro”, disse o ministro no final da reunião.
Segundo Tria, a manobra prevê uma queda na dívida italiana, apesar do documento atual aumentar o déficit do país. Na reunião, os ministros de Finanças pediram para Roma aproveitar a “mão estendida” da Comissão, principalmente porque foi avaliado um “claro desvio” das regras europeias. “Não há conflito nem compromisso com a UE sobre a manobra. O compromisso não deve ser com o Eurogrupo, que se limitou a tomar nota da estratégia do governo italiano, enquanto o diálogo continua com a Comissão da UE, que é o nosso interlocutor nesta fase”, explicou Tria. O Ministro italiano ainda ressaltou que “está escrito na manobra, em nossas estimativas, que a dívida cairá em mais de 4 pontos percentuais em três anos”. Além disso, ele disse que “o spread cairá quando a nossa estratégia for melhor compreendida e quando explicarmos melhor os nossos números e a nossa estratégia, talvez depois do nosso diálogo com a Comissão da UE”. O presidente do Eurogrupo, Mario Centeno, por sua vez, afirmou que ainda espera “explicações adicionais sobre a estratégia orçamental” do governo italiano. Ele decidiu convocar uma reunião extraordinária para o próximo dia 19 de novembro, dedicado a reforma da zona do euro. (ANSA)