Ministro israelense insiste pela libertação de reféns após pressão de Trump

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, pediu nesta quarta-feira (2) que se aproveite a oportunidade para libertar os reféns em Gaza, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter instado o movimento palestino Hamas a concordar com uma trégua de 60 dias.

“Uma grande maioria dentro do governo e da população (de Israel) apoia o plano de libertação dos reféns. Se a oportunidade se apresentar, não deve ser desperdiçada”, escreveu Saar no X.

Dos 251 reféns sequestrados por combatentes palestinos durante os ataques do Hamas contra Israel em outubro de 2023, 49 permanecem em cativeiro. Destes, acredita-se que 27 tenham morrido, segundo o Exército israelense.

Segundo a imprensa israelense, os dois principais ministros de extrema direita do gabinete de Benjamin Netanyahu – Bezalel Smotrich (Economia) e Itamar Ben Gvir (Segurança Nacional) – expressaram sua oposição a uma trégua com o Hamas na terça-feira.

Ambos pediram a continuação da guerra na Faixa de Gaza até que o Hamas seja destruído.

Sem o apoio de Smotrich e Ben Gvir, Netanyahu perderia a maioria legislativa que sustenta seu governo.

Os quase 21 meses de guerra criaram uma situação humanitária terrível para mais de dois milhões de pessoas em Gaza, onde Israel expandiu recentemente suas operações militares.

A Defesa Civil do território informou que bombardeios israelenses mataram 14 pessoas nesta quarta-feira.

Trump afirmou na terça-feira que Israel aceitou os termos de um cessar-fogo de 60 dias e pediu ao Hamas que o cumprisse.

“Israel aceitou as condições necessárias para cumprir o cessar-fogo de 60 dias, durante o qual trabalharemos com todas as partes para encerrar a guerra”, escreveu Trump em sua plataforma Truth Social.

“Espero, pelo bem do Oriente Médio, que o Hamas aceite este acordo, porque (caso contrário, a situação) não melhorará, só piorará”, acrescentou.

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