O ministro israelense de extrema direita, Bezalel Smotrich, anunciou, nesta quinta-feira (7), que a colônia de Sa Nur na Cisjordânia, evacuada por Israel em 2005, será reconstruída.
“Estamos corrigindo o erro da expulsão”, declarou o ministro das Finanças, que acompanhava um grupo de famílias que se preparava para se instalar nas ruínas dessa colônia localizada no norte do território palestino ocupado.
“Já sabíamos naquela época que, embora infelizmente a expulsão tenha sido realizada, em algum dia voltaríamos a todos os lugares dos quais fomos expulsos. Isso vale para Gaza, e com mais razão ainda para aqui”, afirmou Smotrich.
O governo israelense decidiu em maio “o desenvolvimento” de 22 novas colônias na Cisjordânia ocupada, incluindo Sa Nur, uma decisão proposta por Smotrich, líder do partido de extrema direita Sionismo Religioso.
“Estamos realizando uma revolução em matéria de assentamentos e segurança na Judeia e em Samaria (nome que Israel dá à Cisjordânia) como não era visto em décadas”, afirmou o ministro em um comunicado.
Duas das 22 colônias anunciadas, Homesh e Sa Nur, tem um valor especialmente simbólico. Localizadas no norte da Cisjordânia, na verdade são reimplantações, já que foram evacuadas em 2005 como parte da retirada unilateral de Israel da Faixa de Gaza, decidida pelo então primeiro-ministro Ariel Sharon.
A colonização da Cisjordânia continuou sob todos os governos israelenses, tanto de esquerda como de direita, desde a conquista desse território na guerra árabe-israelense de 1967, e se intensificou consideravelmente sob o atual Executivo, especialmente desde o início da guerra provocada pelo ataque sem precedentes do Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023.
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