SÃO PAULO, 14 AGO (ANSA) – O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Felix Fischer, revogou na noite desta quinta-feira (13) a prisão domiciliar do ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz e de sua esposa, Márcia de Aguiar. Os dois são investigados em um esquema de desvio de dinheiro público da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e devem ir para o regime fechado.   

Queiroz chegou a ser preso em 18 de junho, mas em 9 de julho, o presidente do STJ, João Otávio de Noronha, concedeu o benefício da prisão domiciliar por conta do estado de saúde dele em meio à pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2).   

A decisão causou estranheza, no entanto, por também incluir Márcia, que estava foragida desde que a Polícia Federal deflagrou a operação. Segundo Noronha, ela precisava “cuidar do marido” e por isso foi beneficiada.   

O ex-assessor parlamentar de Flavio Bolsonaro, filho do presidente da República, Jair Bolsonaro, foi localizado na casa do então advogado de Flavio, Frederick Wasseff, após permanecer meses sem que se soubesse de seu paradeiro.   

Queiroz é apontado pelo Ministério Público como operador financeiro do esquema das “rachadinhas” no gabinete de Flavio enquanto ele era deputado estadual, fato negado pelo político.   

Ele é investigado por peculato, lavagem de dinheiro, organização criminosa e ocultação de bens.   

Apesar da decisão ter sido anunciada na noite de ontem, Queiroz e Marcia ainda não foram levados para presídios no Rio de Janeiro. (ANSA).