Duas câmeras de segurança do Palácio do Planalto registraram o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI), o general Gonçalves Dias, dentro do prédio e orientando os bolsonaristas durante os atos terroristas do dia 8 de janeiro.

O que aconteceu?

  • As imagens, obtidas pela CNN, mostram Gonçalves caminhando sozinho pelo terceiro andar do prédio. Depois, ele tentou abrir duas portas para entrar em um gabinete;
  • Momento mais tarde, ele surgiu caminhando por um corredor acompanhado de um bolsonarista. De acordo com a CNN, as gravações sugerem que o ministro e outros integrantes do GSI tenham indicado a saída de emergência para os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL);
  • Alguns funcionários do GSI foram flagrados conversando e cumprimentando os bolsonaristas.

O que é o GSI?

  • O GSI é responsável por tratar de assuntos de segurança e militar diretamente com a Presidência da República;
  • Gonçalves Dias está na função de ministro-chefe do órgão desde 1° de janeiro, quando entrou para substituir Augusto Heleno.

O que diz o GSI?

  • O GSI divulgou uma nota de esclarecimento, na qual afirmou que as imagens veiculadas mostram a atuação dos agentes de segurança para evacuar os terceiro e quarto pisos do Palácio do Planalto;
  • “Quanto às afirmações de que agentes do GSI teriam colaborado com os invasores do Palácio do Planalto, informa-se que as condutas de agentes públicos do GSI envolvidos estão sendo apuradas em sede de sindicância investigativa instaurada no âmbito deste Ministério e se condutas irregulares forem comprovadas, os respectivos autores serão responsabilizados”, completou.

Câmara dos Deputados

  • A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados pretendia ouvir o ministro-chefe do GSI ainda nesta quarta-feira (19), mas ele faltou a reunião;
  • O pedido para realização da audiência pública era do deputado Coronel Meira (PL-PE). Segundo a Câmara, a reunião já estava marcada antes da divulgação das imagens e a reunião buscava “explicações do ministro sobre a alegação de que o governo federal teria recebido vários alertas quanto ao risco iminente de ataques aos prédios públicos localizados na Praça dos Três Poderes”.