ROMA, 15 AGO (ANSA) – O ministro do Interior da Itália, Marco Minniti, fez o tradicional “balanço” da segurança pública no país nesta terça-feira (15) e informou que já vê uma “luz no fim do túnel” para a grave crise migratória que atinge a Europa nos últimos anos.   

“Estamos ainda no túnel, que é bem logo, mas pela primeira vez desde o início começo a ver a luz no fim do túnel. Não sei se estou sendo muito otimista, mas desejo que possamos enfrentar os fluxos [migratórios] com compromisso, coordenação e a paixão civil de um grande país”, disse ao apresentar os dados de 2017.   

Apesar disso, Minniti manteve sua postura de não comemorar os dados até o momento e que só fará uma análise mais profunda após o fim do ano.   

“O quadro das migrações não é conjuntural, mas um fenômeno epocal. Os dados dizem que temos uma leve queda em relação ao ano passado, mas os fenômenos ainda são muitíssimas variáveis e precisamos ter cautela para analisar os dados. Já não comentava os fluxos positivos e não vou comentar agora”, disse aos jornalistas.   

O ministro destacou as ações que estão sendo feitas com a Líbia, para reduzir o fluxo de imigrantes, e anunciou fará uma reunião no dia 28 de agosto com seus pares do Chade, Mali, Níger e Líbia.   

– Terrorismo: O representante da pasta do Interior também foi questionado sobre a expulsão de suspeitos de terrorismo e elogiou as ações italianas sobre o tema. De acordo com Minniti, foram expulsas 67 pessoas nos sete primeiros meses do ano.   

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“Complexivamente, desde 1 º de janeiro de 2015, expulsamos 199 pessoas por razões de segurança. Esse é um instrumento extremamente precioso de prevenção que os outros países não tem”, ressaltou o ministro.   

– Incêndios: O ministro do Interior ainda foi questionado sobre a alta quantidade de incêndios florestais registrados na Itália em 2017 e revelou dados assustadores: desde o início do ano, o número de focos de fogo aumentaram em 70% na comparação com o mesmo período de 2016 sendo que houve, em médio, mais de mil intervenções dos bombeiros por dia.   

Para Minniti, a “maior parte dos incêndios teve caráter doloso” e precisamos reforçar com as regiões as “iniciativas de prevenção contra os crimes”. (ANSA)


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