Ministro diz negociar flexibilização de embargo sanitário com chineses

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, confirmou nesta terça-feira, 20, que o governo brasileiro está negociando com a China medida para a flexibilização das restrições sobre produtos avícolas brasileiros.

“Não deu tempo de finalizar o protocolo de regionalização com a China, com a qual também já estamos em tratativas à regionalização”, disse Fávaro a parlamentares da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), em reunião semanal da bancada.

Fávaro afirmou que, caso não surjam novos casos de gripe aviária, a expectativa é de que a regionalização dos embargos com a China possa ser formalizada nos próximos dias. “Em 28 dias, a gente cumpre o protocolo e isso deve acontecer para a China e União Europeia”, disse.

O governo brasileiro pediu à Administração Geral das Alfândegas da China (GACC, na sigla em inglês), autoridade sanitária chinesa, que a China reduza as restrições sobre produtos avícolas brasileiros para um raio de 10 km do foco onde foi detectado o caso de gripe aviária, um matrizeiro de aves em Montenegro (RS). O documento foi enviado na segunda-feira pela Embaixada do Brasil em Pequim à GACC.

A China é o principal destino do frango brasileiro. O governo brasileiro já está negociando com outros países importadores de produtos avícolas a flexibilização das suspensões das compras de carne de frango e derivados do Brasil.

Produtores

Também nesta terça, antes de se encontrar com Fávaro para discutir a crise, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), afirmou que ainda é “muito prematuro” avaliar impactos em termos econômicos.

“O trabalho do Estado, ao lado do ministério, é justamente para amenizar esses impactos com uma rápida recuperação do comércio internacional. Vamos, a partir do nosso trabalho sanitário, mostrar que o País tem compromissos com a sanidade animal e, consequentemente, poder retomar as exportações”, disse.

O governador disse ainda que o endividamento dos produtores gaúchos preocupa. “Ao longo dos últimos seis anos tivemos quatro estiagens muito severas, com perda de boa parte das safras”, disse. Para ele, é “fundamental que a União olhe para essa situação”.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.