O ministro da Segurança Interna de Israel, Itamar Ben-Gvir, renunciou ao cargo neste sábado, 18, após o acordo de cessar-fogo para interromper a guerra entre o país e o Hamas. A demissão era esperada há alguns dias, mesmo com as tentativas do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de segurar o aliado.
Ben-Gvir é um dos líderes da extrema-direita no país e um dos principais articuladores do conflito armado. Ele já tinha ameaçado deixar o governo, o que poderia causar uma debandada e enfraquecer o governo Netanyahu.
O ex-ministro, no entanto, informou que manterá o apoio do partido Poder Judaico ao governo de Benjamin Netanyahu. Ele ainda condicionou uma possível volta ao cargo caso a guerra na Palestina volte com mais intensidade após o cumprimento da primeira etapa do acordo.
Hamas e Israel fecharam um acordo de cessar-fogo na última quinta-feira, 16, com a intermediação dos Estados Unidos e do Catar. A proposta só foi selada na sexta-feira, 17, após o gabinete de Israel aceitar os termos do texto.
Na proposta, Israel e Hamas devem iniciar a liberação de reféns e prisioneiros neste domingo, 19. Os palestinos devem liberar três israelenses, enquanto o exército de Netanyahu se prepara para liberar 95 prisioneiros.
Há ainda a previsão de outros 30 israelenses serem liberados pelo Hamas nesta primeira fase. O acordo também determina a retirada de tropas de Israel da Palestina e a liberação da passagem de Rafah.
As segundas e terceiras fases estão em fase de negociação, mas só devem ser oficializadas após o cumprimento da primeira parte do acordo.