O ministro do Interior italiano, Matteo Piantedosi, declarou, nesta quarta-feira (10), que as saudações fascistas de centenas de manifestantes no domingo em Roma são “contrárias” à “cultura democrática” do país, e sublinhou que é difícil dissolver grupos extremistas.

“Destaco o distanciamento transversal de todas as forças políticas face a estes comportamentos contrários à nossa cultura democrática”, disse no Parlamento este membro de um governo dominado pela extrema direita e liderado por Giorgia Meloni, aludindo a “gestos e símbolos que representam uma época condenada pela história”.

Os líderes da oposição apelaram na segunda-feira à dissolução das organizações neofascistas após a divulgação de um vídeo que mostra centenas de pessoas fazendo a saudação fascista em uma manifestação da extrema direita.

A marcha, da qual participaram mil pessoas, segundo o ministro, aconteceu na antiga sede romana do Movimento Social Italiano (MSI), partido formado por apoiadores do ditador Benito Mussolini (no poder de 1922 a 1943) após a Segunda Guerra Mundial.

A manifestação foi convocada em memória do assassinato de dois adolescentes da ala jovem do MSI em 7 de janeiro de 1978, crime atribuído à extrema esquerda.

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