ROMA E VENEZA, 7 DEZ (ANSA) – O ministro da Economia da Itália, Giovanni Tria, que vem sendo pressionado em decorrência da lei orçamentária, afirmou nesta sexta-feira (7) que não irá renunciar ao cargo. “A renúncia é uma hipótese que não existe”, disse Tria em Veneza, durante coletiva de imprensa. A declaração é uma resposta às especulações segundo as quais ele estaria prestes a deixar o cargo. Na ocasião, o ministro também negou que tenha enviado uma mensagem de texto para Renato Brunetta, ex-ministro e membro do partido Forza Italia, na qual ele teria reclamado de ser alvo de “emboscadas” e constantes críticas pelos líderes do governo. “O ministro Tria está fazendo seu trabalho com seriedade e comprometimento, em plena harmonia com a ação do governo. Tudo o resto são reconstruções fantasiosas desprovidas de qualquer fundamento. Nesta fase delicada de diálogo com a UE sobre a manobra econômica, o governo continua de forma compacta “, ressaltaram fontes do Palazzo Chigi.   

Mais cedo, até mesmo o vice-primeiro-ministro da Itália, Luigi Di Maio, negou “qualquer rumor sobre a possibilidade de demitir Tria”. “Eu vejo que alguns jornais atribuem essa vontade ao Movimento 5 Estrelas (M5S). Tria está fazendo um ótimo trabalho e deve ficar”, disse à rádio 24.   

Em setembro, o partido ultranacionalista Liga, um dos dois que formam a base aliada do governo da Itália, chegou a admitir a hipótese de demissão do ministro, que tem sido pressionado pelo aumento do déficit fiscal do país para financiar promessas eleitorais, medida rechaçada pela União Europeia (UE). (ANSA)